sexta-feira, 13 de maio de 2011

Mar e Sol. Rio de Janeiro.

12:25 h 18 de fevereiro – RJ
Lim desarrumou sua mala com cuidado separando cada peça de roupa. Da maleta de objetos pessoais retirou os cremes e perfumes. Pegou um batom com tampa metálica e segurou compenetrada. Em sua mente passavam lembranças dos momentos em que recebera as instruções para a nova missão. Seria uma tarefa simples para sua qualificação. Já tinha participado de outras ações bem mais complexas e aquela era apenas mais uma determinação da firma. Se algum país de terceiro mundo quisesse controlar suas relações internacionais e sair da condição de inferioridade no mercado que se preparasse ou formasse seus próprios agentes. Em todo o caso não queria deixar de curtir os trópicos, tinha um compromisso marcado para aquela manhã e até agora ninguém a havia procurado. Foi bom pois acordara tarde e descansada da viagem. O telefone toca e Lim demora a atender, coloca cuidadosamente o batom com tampa metálica na maleta em uma bolsinha elástica interna onde estaria mais seguro.
_Alô? Sim pode avisar que já estou descendo! Obrigado.
Carter a aguardava na recepção do hotel. Assim que avistou o contato percebeu suas intenções. Carter trajava uma bermuda branca e uma camiseta La Coste também branca, meias soquete e tênis adidas. Tinha um lencinho ridículo em volta do pescoço e usava óculos Ray Ban com aro de ouro.
_Bom dia Senhorita Lim, espero que tenha passado bem a noite e descansado bastante. Desculpe o atraso, tive que resolver alguns problemas técnicos.
_A pontualidade era uma das suas qualidades. Garantiram-me!
_Quer dizer que havia outras? Fico feliz!
_Parece que estavam enganados!
_Senhorita Lim, sou um cavalheiro! Não poderia acorda-la tão cedo após uma viagem cansativa. Achei melhor não incomodá-la permitindo que recuperasse suas energias. Sei de sua responsabilidade e do rigor da missão!
_Estou certa que sim Mister Smith! Agora eu gostaria de tomar um café. O senhor me acompanha?
Carter seguiu a chinesa até o salão e puderam constatar que já não serviam mais o café. Então decidiram andar pela cidade e almoçar enquanto conversavam sobre a missão.
No estacionamento do hotel Lim ficou admirada com o carro de Carter. Uma linda Corvette conversível,  branca como as roupas que Carter usava. A pintura reluzia o intenso brilho do sol daquela tarde e deixavam claro que o carro tinha sido pouco ou nunca usado. Carter correu e abriu a porta gentilmente para Lim que majestosa sentou-se no banco do passageiro. Carter rapidamente deu a volta no carro e pensou em saltar sobre a lateral direto para o banco do motorista, mas conteve-se a tempo e achou melhor abrir a porta com elegância e assumir o comando de seu Corvette.
No percurso pela orla Lim pode perceber porque o Rio era chamado de cidade maravilhosa. Nunca havia visto tanta gente bonita em roupas de banho tão sensuais reunidas em uma mesma praia. A expressão no rosto das pessoas, a brisa no rosto e o calor do sol deixavam-na extasiada e emocionada. A sensação de prazer e satisfação davam na chinesa  vontade de saltar do carro, correr pela areia da praia e se atirar no mar. Carter falava sobre a praia e a liberdade do carioca. Explicava sobre Leblon, Ipanema e Arpoador. Muitos carros passavam em velocidade ao lado da Corvette e Carter seguia em um ritmo lento bem próximo a guia do passeio. Havia muitas barracas, todas cheias de pessoas conversando e bebendo água de coco, cerveja e refrigerante. Os homens eram bronzeados e bonitos. Os corpos bem definidos e os calções pequenos deixando a mostra belos bumbuns. Lim gostava de belos bumbuns, tinha paixão pelas bundinhas dos homens.
_Pare o carro! Pediu Lim.
_Agora? Não vamos almoçar?
_Pare o carro por favor Sr. Smith.
A expressão era de súplica e o tom de voz também. Carter entendeu pela expressão do rosto de Lim que o momento transcendia a racionalidade e procurou uma vaga no canteiro central da avenida. Parou o carro e Lim desceu sem espera-lo atravessando a avenida tirando seus sapatos e correndo para a areia. Linda, vestida com uma blusa fina e transparente que permitiam ver seus pequenos seios, uma pantalona branca larga mas justa na cintura que ressaltavam suas nádegas e o contorno de sua cintura. A barriguinha lisa e branquinha podia ser vista pela abertura da blusa assim como o umbiguinho bem feitinho com alguns pelinhos negros que desciam entrando pela pantalona.
            Para Lim a experiência foi inesquecível, para Carter uma tentação. Naquela tarde os dois conversaram muito na areia da praia de Ipanema. Comeram churrasquinho de camarão, tomaram água de coco e foram almoçar bem tarde, sujos de areia e com os rostos vermelhos do sol. Carter não teve clima para se insinuar como queria. A cidade venceu sendo o centro das atenções da chinesa com suas belezas naturais. A duas maravilhosas, lindas e deslumbradas, Lim e o Rio de Janeiro.

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